China envia fragata para escoltar navios de refugiados na Líbia.



Texto: Plano Brasil
Autor: E.M.Pinto
A China enviou um dos seus navios de guerra mais modernos para proteger os navios que apoiam a retirada de milhares de seus cidadãos da Líbia.
Esta é primeira operação na história da Marinha da potência asiática no Mar Mediterrâneo, bem como, o primeiro emprego do equipamento militar em uma missão de evacuação de civis.

http://www.china-defense-mashup.com/wp-content/uploads/2011/02/530-frigate.jpg
Type 054A Jiangkai II

A marinha chinesa deslocou a Xuzhou-530 ( Type 054A Jiangkai II), uma fragata de 4.000 toneladas de deslocamento, que foi lançada em Setembro de 2006 e comissionada em Janeiro de 2008, ou seja tem apenas dois anos de idade.
Helicóptero Z-9
A moderna fragata é equipada com mísseis e torpedos, seu arsenal mísseis anti aéreos HHQ-16 anti-navio Yingji-83 e transporta um helicóptero Z-9.
A Fragata estava sendo operada em missões anti-pirataria ao largo da costa da Somália, na região do Golfo de Aden. De acordo com um comunicado no site do Ministério da Defesa chinês, a Xuzhou ( lê-se Chuzou) foi despachada para a costa e da Líbia nesta quinta-feira.
O governo chinês também enviou navios e aviões civis para evacuar cerca de metade dos 30 mil cidadãos chineses na Líbia, devido as complicações da escalada da violência que assolam o país.
Yingji-83

A agência de notícias estatal Xinhua, descreveu a operação como a maior evacuação de civis de uma nação estrangeira já efetuada pena China.
Analistas internacionais no entanto afirmam que, a evacuação dos civis reflete a crescente pressão sobre o governo da China para proteger enorme número de cidadãos chineses que vivem e trabalham no exterior, especialmente em regiões instáveis, onde a China está a procurar fornecimentos de petróleo e outras matérias-primas essenciais para alimentar sua economia em expansão.
Versão terra-ar do míssil HQ 16
O deslocamento da Xuzhou ilustra a crescente capacidade militar chinesa para operar muito além das margens da própria China, a fim de proteger os seus interesses, incluindo a segurança dos seus cidadãos e empresas, bem como, no reforço da imagem pública da Marinha.
A missão Xuzhou poderia ajudá-la a assegurar o financiamento do programa de expansão da Marinha do Exército Popular da China, especialmente no programa de desenvolvimento de aviões embarcados, de acordo com Andrew Erickson, Professor do Strategic Research Department do U.S. Naval War College:
“As autoridades econômicas chinesas têm agora um precedente para futuras operações militares em áreas onde a vida e a propriedade dos expatriados da RPC (República Popular da China) e os seus cidadãos estão sob ameaça.”
A participação da China nas patrulhas anti pirataria, foram iniciadas em Janeiro de 2009 e eram vistas como um marco no desenvolvimento naval do país, uma vez que os seus navios até então apenas patrulhavam as suas águas territoriais e sequer tinham visitado o litoral Africano depois de vários séculos.

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